segunda-feira, 28 de setembro de 2009

sábado, 26 de setembro de 2009

Hoje em vésperas de eleições legislativas, apeteceu ao Fábrica do Sal publicar isto!



Eduardo Prado Coelho, antes de falecer (25/08/2007), teve a lucidez de nos deixar esta reflexão, sobre nós todos, por isso façam uma leitura atenta.


Precisa-se de matéria prima para construir um País Eduardo Prado Coelho - in Público.



A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia, bem como Cavaco, Durão e Guterres.


Agora dizemos que Sócrates não serve.


E o que vier depois de Sócrates também não servirá para nada.


Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates.


O problema está em nós. Nós como povo. Nós como matéria-prima de um país. Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda sempre valorizada, tanto ou mais do que o euro.


Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família baseada em valores e respeito aos demais.


Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal
E SE TIRA UM SÓ JORNAL, DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO.


Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particulares dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa, como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil para os trabalhos de escola dos filhos... e para eles mesmos.

Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo, onde se frauda a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos.


Pertenço a um país:
-Onde a falta de pontualidade é um hábito;
-Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano.
-Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e, depois, reclamam do governo por não limpar os esgotos.
-Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros.
-Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que
é 'muito chato ter que ler') e não há consciência nem memória política, histórica nem económica.
-Onde os nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média
e beneficiar alguns.


Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas
podem ser 'compradas', sem se fazer qualquer exame.
-Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para não lhe dar o lugar.
-Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro
e não para o peão.
-Um país onde fazemos muitas coisas erradas, mas estamos sempre a criticar os nossos governantes.

Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates, melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem corrompi um guarda de trânsito para não ser multado.


Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português, apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim, o que me ajudou a pagar algumas dívidas.
Não. Não. Não. Já basta.


Como 'matéria prima' de um país, temos muitas coisas boas, mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que o nosso país precisa.


Esses defeitos, essa 'CHICO-ESPERTERTICE PORTUGUESA' congénita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até se converter em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana, mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates, é que é real e honestamente má, porque todos eles são portugueses como nós,ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não noutra parte... Fico triste.


Porque, ainda que Sócrates se fosse embora hoje, o próximo que o suceder terá que continuar a trabalhar com a mesma matéria prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos.
E não poderá fazer nada...



Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor, mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá.


Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco, nem serve Sócrates e nem servirá o que vier.
Qual é a alternativa?

Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror?


Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa 'outra coisa' não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados... igualmente abusados!


É muito bom ser português. Mas quando essa portugalidade autóctone começa
a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, então tudo muda...


Não esperemos acender uma vela a todos os santos, a ver se nos mandam um messias.


Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses nada poderá fazer.
Está muito claro... Somos nós que temos que mudar.


Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a acontecer-nos:
Desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e, francamente, somos tolerantes com o fracasso.
É a indústria da desculpa e da estupidez.


Agora, depois desta mensagem, francamente, decidi procurar o responsável, não para o castigar, mas para lhe exigir (sim, exigir) que melhore o seu comportamento e que não se faça de mouco, de desentendido.


Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO DE QUE O ENCONTRAREI QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO.

AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO NOUTRO LADO.

E você, o que pensa ?... MEDITE !


terça-feira, 22 de setembro de 2009

Este candidato do PS não ganhará, é muito fraco!

O candidato, Santa Clara, que a Concelhia do PS elegeu para candidato à CMBarreiro é uma desilusão, e isso vai ser provado no próximo dia 11 de Outubro.
O Fábrica do Sal faz uma previsão de que o PS terá péssimos resultados, prespectivando que será a terceira força política!

Debate passa hoje às 22h na TVI24!



O Candidato, Carlos Salgueiro do PCTP/MRPP não foi convidado, não está certo!

O Fábrica do Sal sabe de quem foi a pior prestação no debate, mas deixamos para depois comentar, ficámos desiludidos, porque não basta ser candidato também é necessário ter capacidade para tal!

Isto tem de mudar!


Do Jornal de Negócios:


quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Olhá sondagem!


PS: 38%

PSD: 32%

BE: 12%

CDU: 7%

CDS: 7%


Sondagem realizada pelo Centro de Sondagens e Estudos de Opinião da Universidade Católica (CESOP) para a Antena 1, a RTP, o Jornal de Notícias e o Diário de Notícias entre os dias 11 e 14 de Setembro de 2009 (a quando da realização dos últimos debates).

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Mais um!

Domingos Lopes decidiu abandonar o PCP. Na carta que enviou à direcção e que é divulgada pelo jornal Público, o ex-dirigente comunista afirma que este é o único partido no mundo que continua a apoiar a invasão da Checoslováquia por tropas da então União Soviética em 79. Domingos Lopes critica também que o PCP ainda defenda que países como a Coreia do Norte ou a China se orientam para o socialismo. O seu afastamento na candidatura autáquica foi o que fez "transbordar o copo".

Domingos Lopes critica também que o PCP ainda defenda que países como a Coreia do Norte ou a China se orientam para o socialismo.
Há nove anos, Domingos Lopes já se tinha demitido do comité central do PCP, saiu após a suspensão de Carlos Brito e das expulsões de Edgar Correia e de Carlos Luís Figueira.
Domingos Lopes foi agora mais longe, entregou o cartão, pondo fim a quarenta anos de militância no PCP.
Domingos Lopes justificou hoje à Lusa a sua saída do PCP com questões políticas e ideológicas, salientando que já não se identifica "enquanto militante" com o partido, embora não tenha mudado de ideais.
O jornal Público noticiou hoje que Domingos Lopes, ex-membro do Comité Central, abandonou o PCP. Numa carta datada de 07 de Setembro, o ex-militante comunista faz duras críticas ideológicas e políticas ao partido.

Em declarações à agência Lusa, Domingos Lopes explicou que a decisão de deixar o partido só foi tomada agora porque ao longo do tempo foi acreditando que "as coisas poderiam mudar".
"É todo um conjunto de situações, desde problemas de política interna, da democracia interna do partido, da relação do partido com as organizações sociais, das relações internacionais com outros partidos, com as propostas para a saída da crise", contou.
O ex-membro do Comité Central do PCP salientou que já não se identifica enquanto militante com o partido para o qual entrou há 40 anos.


"Não me identifico enquanto militante. O meu ideal continua a ser exactamente o mesmo. Não mudei nada, continuo a ser aquele jovenzito que em 1969 foi abordado pelo partido em plena luta extraordinária de estudantes na Universidade de Coimbra, mas passaram 40 anos e aconteceram coisas extraordinárias para o bem e para o mal", frisou.
De acordo com Domingos Lopes, o socialismo tal como o partido o entendia "rebentou, explodiu".
"É necessário tirar conclusões, é necessário que haja um compromisso muito forte a nível da liberdade e da democracia. Por exemplo como é que é possível defender que a Coreia do Norte é um país com características socialistas, uma ditadura familiar brutal? Como é possível continuar a defender a invasão da Checoslováquia?", disse.


Domingos Lopes diz que tentou que o abandono do partido não coincidisse com a campanha eleitoral e com os debates eleitorais, mas a situação "tornou-se insustentável".
"Houve uma situação que fez com que o copo enchesse e transbordasse. Eu sempre fui candidato à Assembleia Municipal do Alandroal e ainda nem tinha decidido se queria ser candidato ou não, mas alguns dirigentes do partido fizeram constar que eu é que tinha recusado o convite", contou.
"Será que um partido tem o direito de decidir, impedir tudo acerca da vida dos militantes quando é e quando não é, e quando há um passo que se dá põe-se em causa o partido. Não, eu já me libertei disso", referiu.


Domingos Lopes salientou que não quer ser deputado, nem participar em campanha nenhuma, nem passar para outro partido.
"Não mudei nenhuma ideia. Quero apenas ser advogado e um cidadão com a minha consciência tranquila e 40 anos de militante são um exemplo disso", referiu.
Domingos Lopes considerou ainda que a direcção do partido "não tem qualquer proposta a fazer às outras formações e forças políticas de esquerda para derrotar a política neo-liberal conduzida pelo PS".


Jerónimo de Sousa desvalorizou a demissão lembra que «esta é a formalização de um processo que já era, em data escolhida», realçando que é questionável se «se pode sair de um sítio onde já não se está».


O secretário-geral do PCP desvalorizou o abandono de Domingos Lopes, lembrando que «no princípio do ano até agora entraram mil novos militantes» para o partido. “Essa é a verdadeira notícia”, disse. À margem de uma arruada em Algés, Oeiras, Jerónimo de Sousa afirmou que a saída de Domingos Lopes é a "formalização de um processo que já era", criticando a oportunidade do anúncio do agora ex-militante comunista: "em data escolhida, coincidente com estas eleições".

sábado, 12 de setembro de 2009