quarta-feira, 16 de julho de 2008

Barracas demolidas na Quinta da Mina!

Esta parece uma daquelas cenas de um filme já visto! Quanto tempo vamos esperar para nascerem novas barracas?

Alguém quer comentar esta afirmação do Presidente da Câmara do Barreiro:

“se está a cumprir uma promessa eleitoral”

O bairro Quinta da Mina foi adquirido no âmbito do programa PER em 1997.

4 comentários:

Ana Camarra disse...

Zé Ferradura

Desculpa mas não tenho tido muito tempo para cá vir.
Espreito mas o tempo não estica

Mas as barracas tinham mesmo de ir abaixo, não acha?

beijocas

Zé Ferradura disse...

Ana,

Concordo que as barracas tinham de ir abaixo, mas porque ali voltaram a existir?
Parece que a CMB não fez o trabalho de casa!

bj
Zé Ferradura

Anónimo disse...

Esta questão merece os seguintes comentários:

Logo pela manhã, houve uma primeira notícia no "Rostos" que referia a ida do Presidente CH ao local (por volta das 10 horas, para acompanhar as demolições).

Depois, foi retirada essa notícia. O Presidente da Câmara deixou de aparecer e passou a aparecer o Presidente da Junta que se fartou de falar para a comunicação social.

Conforme sublinhou o presidente da Junta de Freguesia, “o derrube das barracas está a ser concretizado com a própria colaboração dos moradores das barracas, pelos Técnicos da Câmara Municipal do Barreiro, sem ser necessária qualquer intervenção policial”. Simplesmente maravilhoso! Estaremos neste mundo?

Mas do que eu mais gostei foi da seguinte afirmação, da "entusiasmada", Chefe da Divisão dos Assuntos Sociais da Câmara Municipal do Barreiro, Apolónia Teixeira:

“Este é um dia importante para o Barreiro. É um marco”.

Gostei” Sobretudo de saber quanto entusiasmada anda a nossa querida Apolónia!

Eu diria que é mais um daqueles marcos e espero para ver. Para ver quanto tempo passa até que lá estejam mais umas barracas para demolir e ciganos para realojar.

Como golpe mediático, foi de mestre. Como se costuma dizer: just in time! Assim como quem diz: estão a ver, os gajos lá em Loures não sabem do assunto! Nós aqui, não só lhes derrubamos as barracas como eles ajudam à festa e nem precisamos de polícia!

Só que para quem conhece bem o local, o estado de degradação deliberadamente provocada pelos residentes e o risco que é passar por aquela rua, para não falar as agressões e insultos a quem frequenta o Pavilhão Municipal Luís de Carvalho, não pode acreditar em tantos méritos.

De resto o tão pomposamente chamado Pavilhão Municipal Luís de Carvalho (realce-se, único em todo o Concelho) foi construído com dinheiro do PER, o tal que também serviu para pagar os tais prédios onde os alojaram e que entretanto estão todos destruídos. Portanto faz todo o sentido que eles o destruam também, como tem acontecido com tudo o que é vidro e painéis solares.

Vamos ver até onde dura tanto entusiasmo e tanto contentamento.

Uma coisa é certa. Estou a ficar farto de andar a pagar impostos para esta gente andar a destruir e ainda merecer as maiores atenções. Entretanto na minha rua, nem as ervas limpam, nem o lixo apanham.

E não venham com a tanga do racismo e da xenofobia. Eu não tenho nada contra ninguém. Desde que respeitem as regras de vivência em comunidade. Sejam ciganos ou sejam quem forem. Não estou é para andar aqui feito otário a pagar, a calar e, se for caso disso, ainda a arriscar-me a levar no “totisso” dessa gente que acha que o mundo existe para os servir.

Zé Ferradura disse...

Caro anónimo,

Tenho mesmo de concordar com o seu comentário e digo mais.

O facto de contribuirmos para a existência destas casas e aquilo a a que alguns apelidam, por ser moderno, de exclusão social, diria porque não a inclusão social porque não fazem estas pessoas algo de util para a comunidade?

Porque têm de ter acesso facilitado? Porque destroiem?

Algo tem de mudar na sociedade!

Cumpts
Zé Ferradura